Nesta semana, os 12 centros de pesquisa começaram a receber os voluntários para os testes da vacina contra o coronavírus. Dentre eles está o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, que recebe cerca de 500 voluntários no estudo que busca demonstrar a segurança e eficácia do produto. O Instituto Butantan, coordenador do estudo, reou as doses de imunizantes e placebos que serão utilizados nos ensaios clínicos da vacina contra COVID-19, em parceria com a farmacêutica Sinovac Life Science.
Os voluntários que podem se candidatar ao estudo são profissionais da saúde que estejam trabalhando no atendimento a pacientes com COVID-19. Além disso, o candidato não pode ter sofrido infecção provocada pelo novo coronavírus, nem ter participado de outros estudos. As mulheres não podem estar grávidas ou estarem planejando uma gravidez nos próximos três meses. Outra restrição é não ter doenças instáveis ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune.
Entre os recrutados, metade receberá duas doses do imunizante num intervalo de 14 dias e a outra metade receberá duas doses de placebo, uma substância com as mesmas características, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Essas pessoas serão monitoradas pelos centros de pesquisa por meio de exames entre aqueles que tiverem sintomas compatíveis à COVID-19. Assim, poderá ser verificado posteriormente se quem tomou a vacina ficou de fato protegido em comparação a quem tomou o placebo.
Para saber se está dentro dos critérios, o candidato pode ar a plataforma de triagem criada pelo Butantan no portal https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/vacina/?nocache. Nela, é possível responder a algumas perguntas e saber se tem o perfil necessário para participação dos testes. Após esta etapa, serão informados os centros de pesquisa que devem ser procurados para, enfim, iniciarem todos os processos necessários para confirmar a participação. Cada centro ficará responsável pelas informações coletadas dos voluntários, que serão sigilosas.