Para aqueles que se orgulham de estar sempre presentes, é realmente notável como conseguem ignorar com maestria os sinais de esgotamento. É quase poético como conseguem transformar cada dia em um borrão de atividades incessantes, sem nunca parar para recarregar as energias ou refletir.

Os mais “avisados” sabem que, paradoxalmente, a ausencia muitas vezes pode se destacar de maneira mais marcante do que a própria presença. A distância, quando escolhida conscientemente, oferece aos outros e a nós mesmos a chance de sentir falta, de valorizar a presença que antes era tomada como certa, trazendo à tona a importância das conexões genuínas, reforçando laços que talvez tenham se enfraquecido na rotina diária. Ela não é um abandono, mas sim uma pausa necessária para que possamos voltar renovados e mais presentes.

A ausência não deve ser vista apenas como um vazio ou uma falta, mas como uma presença sutil e poderosa que nos convida a reavaliar, renovar e recomeçar. Em um mundo que valoriza tanto a presença, é essencial reconhecer o valor da ausência e permitir-se, de tempos em tempos, dar um o atrás para que possamos avançar com mais clareza e propósito.

Portanto, da próxima vez que se sentir sufocado pela avalanche de interações e compromissos, considere dar uma chance à ausência. Afinal, desaparecer estrategicamente pode ser a chave para voltar mais presente do que nunca, com uma mente renovada e uma perspectiva mais clara.

E quem sabe, você pode até descobrir que o silêncio tem um senso de humor surpreendentemente afiado, pronto para lhe ensinar que, às vezes, menos é realmente mais. Então, não tema a ausência; ela pode ser aquela velha amiga que você não sabia que precisava. Lembre-se, a palavra some e as postagens deixam de ser publicadas, mas nem por isso você deixa de existir.