Em um cenário político onde a dança das cadeiras é constante, a disritmia causada nos candidatos de oposição ao enfrentarem um pré-candidato com índices de aceitação estratosféricos é, no mínimo, digna de um espetáculo tragicômico. Seria como uma orquestrada, onde cada músico tenta tocar mais alto que o outro, mas todos acabam produzindo um som dissonante e desconexo. Ou seja, desafinado.
Acompanhado de um balé descoordenado, tentando encontrar o ritmo certo para conquistar o eleitorado. Cada um com sua estratégia mirabolante, que mais parece uma tentativa desesperada de se destacar em um mar de mediocridade. Alguns tentam dançar conforme a música, adotando discursos populistas e promessas vazias, enquanto outros preferem o caminho da crítica feroz, na esperança de que alguma nota dissonante ressoe no coração dos eleitores.
É como se estivessem em um reality show onde a eliminação é iminente. A cada nova estratégia, a disritmia se intensifica, e o público, que assiste a tudo de camarote, não sabe se ri ou chora diante de tamanha descoordenação.
Mas no final das contas, o verdadeiro maestro dessa sinfonia política é o eleitor. É ele quem decide qual será a música tocada nas urnas. E, enquanto a oposição não encontrar seu ritmo, o pré-candidato imbatível continuará a reger com maestria. Conduzindo sua orquestra de popularidade rumo à vitória. E como em toda boa peça, o que nos resta é esperar pelo final dessa do espetáculo, para que, ao final, a sintonia, ruim aos nossos sentidos, foi apenas um ruído momentâneo.