Você já deve ter percebido, que em períodos eleitorais, é comum observar candidatos recorrendo a teorias da conspiração e à criação de vilões como estratégias para desviar a atenção de suas próprias deficiências. Essa tática, além de ser um sinal de alerta, revela uma tentativa deliberada de manipular o eleitorado, escondendo falhas e resquícios de um ado questionável.
A criação de um inimigo fictício serve apenas como uma cortina de fumaça, desviando o foco dos problemas reais e canalizando a atenção para um cenário imaginário. Ao entreter a população com narrativas conspiratórias, os candidatos conseguem mascarar suas próprias insuficiências e evitar o escrutínio sobre suas ações e histórico.
Um truque que não é apenas uma tentativa de manipulação; é uma falta de respeito com inteligência dos eleitores, tentando de forma recorrente transformar o ambiente político em uma peça de teatro em que o recém criado “vilão”, é o bode expiatório para todos os problemas. Realmente um espetáculo eleitoral fascinante.
Mas como ninguém se deixa levar pelas aparências, fica difícil enganar uma sociedade que a cada dia está focada na substância e na realidade e não se deixa seduzir pelos truques do palco e sabem que sua escolha é muito mais importante do que qualquer truque de marqueteiro. Aprenderam que na política, assim como qualquer grande show, tem seus bastidores – e é lá que se esconde a verdadeira história.
Portanto, da próxima vez que um candidato começar a criar um vilão e/ou teorias da conspiração como a raiz de todos os problemas, olhe além do espetáculo. Pergunte-se o que está sendo escondido e quais seriam as verdadeiras intenções. A criação de vilões é uma tática de desvio – um truque para evitar o confronto com a realidade. Muitas vezes o verdadeiro vilão, é aquele que fica atrás das cortinas, financiando o espetáculo tragicômico, para tentar pousar de mocinho na história.