Desde o seu nascimento, os produtos digitais vêm trazendo uma ideia de sucesso e dinheiro fácil, como se tudo caísse do céu. Começou com os sites. Lá na metade dos anos de 1990 parecia que bastaria ter uma ideia, criar um site e a vida estaria ganha. Altos investimentos não faltaram. Mas, não demorou muito, muita coisa “derreteu”.
Mais que isso, um caso aqui e outro ali de ideias simples que caíram no gosto popular reafirmaram essa ilusão de que o sucesso morava ao lado. O grande problema disso tudo é que só as histórias exitosas são contadas. Mas elas são a exceção. Há um mundo de trabalhos que não resultaram em nada, que só consumiram recursos, sejam eles em dinheiro, seja em tempo (ou qualquer outro tipo).
Pois bem, apesar de tudo, parece que a gente não aprende. Lá vem o famoso Marketing Digital fazendo aquilo que o Cazuza dizia, “eu vejo o futuro repetir o ado, eu vejo um museu de grandes novidades”. Estamos vivenciando a mesma situação. Parece uma grande promessa, uma coisa simples, afinal, estamos em rede com milhões de pessoas. Mas, por que, afinal, é tão difícil crescer dentro desse universo?
Porque, como diz Renato Teixeira, o sucesso acontece quando as pessoas gostam da gente, daquilo que a gente faz. Portanto, tem um quê de personalidade e um tanto de qualidade (no sentido de tocar o outro) do nosso conteúdo. E o conteúdo custa.
E o problema mora exatamente na negligência da agem do tempo e da evolução das coisas. Pegamos a ideia de um Windersson Nunes, por exemplo, e queremos replicar uma pequena parte daquilo que ele fez. E é importante lembrar que demorou mais de ano trabalhando para que ele despontasse. Mais: ele tomou as redes sociais como “o sistema operacional” da sua profissão. Então, não adianta repetir parte do que ele fez, nem o todo. É outro tempo, são outras condições, outros algoritmos. E, mais que tudo isso, é preciso investir tempo e dinheiro na geração de conteúdo.
A grande questão é que produzir conteúdo é (e dá) trabalho, portanto, enquanto você estiver fazendo algo para divulgar o seu negócio, estará, via de regra, deixando de fazer aquilo que interessa verdadeiramente: o seu trabalho.
Aí explica-se por que muita gente produz muito, não tem retorno e nem consegue muitos seguidores. No fundo, estar nas redes sociais sem profissionalismo e acreditando que o “orgânico” vai te fazer um sucesso é loteria. Mais ainda: é querer reinventar a roda.
Tantos os programas de TV, rádio, ou mesmos os influenciadores, “emprestam”, “alugam” a sua própria audiência para você divulgar a sua marca sem mais esforços. Sai muito mais barato e, concomitantemente, enquanto estão gerando luz para o seu negócio, você está produzindo de fato, promovendo soluções e gerando receita.
Pense nisso, se quiser, é claro!
Prof. Ms. Coltri Junior é consultor, palestrante, . de empresas, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior