Isso você já sabia, o que você não sabe é quanto tudo isto nos custou! No dia 13 de março de 2016, mais de sete milhões de brasileiros indignados com os escândalos de corrupção no país, participaram da maior manifestação da história do Brasil, em apoio à justiça e contra a impunidade, superando as manifestações das “Diretas já”. A sociedade civil foi mobilizada a participar voluntariamente deste ato, e ninguém recebeu nada por isso. Mas, na terra do contrário, a lógica funciona na ordem avessa. Portanto, protesto voluntário é financiado e protesto só vale quando é a favor. Estar contra o sistema é apoiar o governo, fascista é quem pede menos Estado, e governo popular é governo mais impopular da história com 93% de rejeição. No dia 18 de março de 2016, o Partido dos Trabalhadores e seus pelegos, organizaram um ato após a convocação do ex-presidente Lula, a alma mais honesta investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O ego desse indivíduo, de personalidade psicopatológica e de comportamento anti-social, ao qual falta senso de responsabilidade moral ou consciência, declarou que “os que apóiam ao governo chegariam ao dobro dos manifestantes do dia 13 de março nas ruas”. Somente uma mente deturpada e fora da realidade, poderia chegar a essa conclusão. Tamanho é o desespero, que o diretório nacional do partido enviou aos demais diretórios, o seguinte comunicado, “vão até as periferias e recrutem entre negros e pardos, pessoas para participar do manifesto, e ofereçam R$ 30,00 para cada uma. Seguindo a linha de raciocínio, 14 milhões de pessoas multiplicadas por trinta reais o resultado é de 420 milhões de reais, como a participação dos manifestantes pagos com dinheiro público em todo o Brasil foi muito menor que o número de pessoas que estiveram na Avenida Paulista no dia 13 de março (1,4 milhões de pessoas), houve uma economia significativa nos cofres públicos (sem fazer as contas dos pães com mortadela, e do uso da máquina pública e dos veículos oficiais que transportaram as pessoas, que em sua maioria não sabiam o porque de estar ali). Mas o fato é que, para o governo petista e seus aliados alienados, intelectuais da esquerda de sofá, e militontos de movimentos financiados por este governo, povo é aquele que apóia o governo que mais rendeu lucro para os banqueiros na história do país. É quem está do lado de quem arranca dinheiro dos mais pobres para dar empréstimos subsidiados aos grandes empresários (só os empréstimos do BNDES em 2013, são de R$ 190 bilhões, e superaram todos os gastos com Bolsa Família desde o início do programa). Povo é quem aplaude político investigado que sai pelo mundo fazendo dono de empreiteira faturar milhões. Povo é quem vota em político que faz desapropriação das moradias de gente miserável para organizar campeonato esportivo. É quem silencia ante a queda do salário dos mais pobres, em uma das maiores crises econômica da história do país, que reduz o consumo de nove em cada dez brasileiros (só no ano ado, a queda da renda média da população foi de 7,4%, com o Nordeste liderando a catástrofe). Povo é quem cruza os braços para o crescimento do desemprego (o maior em sete anos) e da inflação (a maior em doze anos), são aqueles que atingem de forma irresponsável as famílias mais humildes. Povo é quem está ao lado de um governo que já jogou 4 milhões de pessoas na pobreza (a projeção é que 10 milhões de pessoas saiam da classe C de volta à base da pirâmide até o final do próximo ano). É quem dá apoio a quem viu o crescimento de 269% dos assassinatos de indígenas no país na última década sem fazer nada. É quem não protesta contra um governo que, com a queda nos investimentos em segurança pública, permitiu que a população carcerária crescesse mais de 620% nos últimos anos, ao mesmo tempo em que acompanhou um salto avassalador da violência nas ruas (só o número de homicídio de mulheres cresceu 21% na última década; o crescimento de mulheres negras assassinadas no período foi de 54%). Povo é quem não vê motivos para sair de casa e reclamar pelo fato da educação do país ter despencado nos principais exames internacionais na última década, construindo um exército de crianças carentes que saem das escolas precárias mal sabendo ler e escrever. É quem vê com bons olhos o governo que permitiu ao país ficar na última posição no ranking global de eficiência do sistema de saúde, condenando à morte todos os anos milhares de pessoas de origem simples, dependentes de uma saúde pública que mais soa como um grande abatedouro humano. É quem está do lado de um governo que fez o país entrar na maior recessão que se tem notícia nos últimos duzentos anos da nossa história econômica. E isso, porque não pretendo utilizar esse espaço para falar sobre corrupção. Povo, enfim, é quem acredita que as pessoas que questionam tudo isso, e que decidem protestar, são inevitavelmente ignorantes, de pele branca, abastadas de dinheiro e golpistas. Quem acha que não há razão para os mais pobres se mobilizarem para derrubar um governo que, não sem motivo, é o mais impopular da história. Quem faz tweets engajados dizendo que se você decide ir às ruas reclamar disso tudo inevitavelmente está apoiando os tucanos, Eduardo Cunha, o PMDB, a ditadura militar, e todos os outros monstros que a esquerda usualmente tira do guarda roupa para assustar e deslegitimar as críticas que o governo recebe – como se os próprios tucanos (de FHC a Aécio), Orestes Quércia, o PMDB, e defensores de algumas das ditaduras mais sanguinárias do mundo, também não estivessem participados das “Diretas Já”. . Assim, a única democracia que vale para o atual governo é aquela que sustenta as bandeiras alçadas por eles mesmos. E o povo que sai às ruas protestando contra o governo é o anti-povo, inimigo das pessoas mais simples. Mesmo quando o governo luta contra o interesse dos mais pobres, mesmo quando cria uma casta de gente rica sustentada com dinheiro dos pagadores de impostos, mesmo quando barbariza a base da pirâmide. O que importa à esquerda é defender sua condição de esquerda. É por isso, que as contas das últimas manifestações a favor do governo já foram pagas muito tempo antes do dia 18 de março, além de cobrirmos os gastos, ainda estamos cobrindo os prejuízos. O Mortadela Day é um ato de desespero do governo, que se utiliza das classes mais prejudicadas por ele mesmo, e que em sua maioria, estão pagando para receber o reembolso dos seus R$ 30,00 e mais um X-CUT (tradicional pão com mortadela) como bônus. MBL Movimento Brasil Livre Barretos SP. Participem do movimento que está mudando o Brasil. Contato [email protected].