A proprietária da área rural e a prefeitura fizeram boletim de ocorrência e notificaram a Cetesb. Lixo tóxico foi encontrado por perito da justiça ambiental
Nesta semana, foram encontradas mais três montes de restos de couro dentro do município guairense, totalizando, aproximadamente, quatro toneladas. Dessa vez, a 6,2Km do Anel Viário que dá o a Guaíra, em uma estrada de terra dentro de uma propriedade rural, na Rodovia Paulo Borges de Oliveira.
O lixo tóxico foi localizado pelo perito da justiça ambiental e civil, Reginaldo Soares Barbosa, que voltava de Miguelópolis e estranhou a cor dessas pilhas cinzas, que contrastavam com a paisagem.
Tanto a proprietária da área quanto a prefeitura já fizeram boletim de ocorrência para resguardar direitos. A dona das terras também entrou em contato com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
Uma denúncia foi protocolada no Ministério Público. Agora, a população espera que as autoridades tomem uma atitude, já que não é a primeira vez que Guaíra enfrenta problemas com o descarte irregular de detritos de couro.
Ainda não há acusados para o lixo tóxico também jogado na balança municipal e no antigo aterro sanitário, em junho do ano ado. Entretanto, provavelmente, há relação entre o crime ocorrido em 2016 e o desta semana.
COURO EM GUAÍRA
No dia 03 de julho de 2016, a vereadora Dra. Ana Beatriz Coscrato Junqueira denunciou o descarte irregular de entulho, lixo doméstico e industrial, dentre eles resíduos de couro altamente tóxicos no antigo aterro municipal, às margens da estrada de terra que liga a avenida José Flores à rodovia Assis Chateaubriand, a SP-425.
Foram encontradas toneladas deste detrito a céu aberto em uma área que não é apropriada para este descarte, uma vez não está autorizada por órgãos competentes para esta finalidade.
Pouco tempo depois, a parlamentar também descobriu montes deste mesmo lixo na balança municipal. A Dra. Bia então formulou representação no Ministério Público e às autoridades competentes, como a Polícia Ambiental e a Cetesb.
Na época, o governo declarou desconhecimento de tal crime ambiental e de que iria abrir investigação para apurar os responsáveis pelo descarte ilegal do couro em Guaíra. Porém, até o momento, mais de um ano depois, ninguém foi acusado.
Em junho de 2017, a Cetesb autorizou o governo municipal a remover os detritos. A prefeitura precisa transportar este couro para um depósito especial, em outro município, o que custará, somente com recepção e acondicionamento dos rejeitos, R$ 75 mil.